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Autismo (TEA)

É um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico. Conheça as causas, sintomas e principais tratamentos!

Autismo (TEA): conheça os sinais, diagnóstico e avanços no tratamento

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento. Caracterizado por dificuldades na comunicação social, padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos, ele tem sido objeto de diversas pesquisas e avanços no campo da neurociência. Neste artigo, vamos explorar o que é o autismo, quais são seus principais sinais e sintomas, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamento disponíveis.

O que é o Autismo?

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que se manifesta de forma variada em cada indivíduo. Não existe uma única causa conhecida para o autismo, mas acredita-se que seja resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. O TEA é um espectro, o que significa que a gravidade dos sintomas e as necessidades de cada pessoa são únicas.

Quais são os sinais e sintomas?

Os sinais do autismo geralmente aparecem na primeira infância, embora o diagnóstico possa ocorrer mais tarde. Alguns dos sinais e sintomas mais comuns incluem:

  • Dificuldades na comunicação: Isso pode incluir a ausência de fala ou uma linguagem limitada, bem como dificuldades em manter uma conversa ou entender nuances sociais como sarcasmo ou expressões faciais.
  • Interações sociais limitadas: Crianças com autismo podem ter dificuldade em formar relacionamentos e compreender as emoções dos outros. Elas podem preferir brincar sozinhas e não responder a interações sociais de maneira típica.
  • Comportamentos repetitivos: Isso pode incluir movimentos repetitivos, interesses obsessivos por determinados tópicos ou objetos, e resistência a mudanças na rotina.
  • Sensibilidade sensorial: Algumas pessoas no espectro autista podem ser hipersensíveis a estímulos sensoriais, como luzes brilhantes, sons altos ou texturas específicas.

Níveis de autismo

O TEA é classificado em três níveis de suporte, que indicam a quantidade de assistência necessária para a pessoa:

  • Nível 1: A pessoa apresenta dificuldades sociais e de comunicação, mas consegue se comunicar e interagir em diversas situações.
  • Nível 2: A pessoa tem dificuldades significativas na comunicação social e nos comportamentos, necessitando de apoio constante em diversas situações.
  • Nível 3: A pessoa tem graves dificuldades na comunicação verbal e não verbal, e os comportamentos restritivos e repetitivos interferem significativamente no funcionamento em todos os contextos.

Diagnóstico

O diagnóstico do autismo é realizado por profissionais de saúde qualificados, como pediatras, psiquiatras e psicólogos, que observam o comportamento da criança e coletam informações de pais e professores. Não existe um exame médico específico para o autismo; em vez disso, o diagnóstico é baseado em critérios comportamentais estabelecidos no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).

Como tratar o autismo?

O tratamento do autismo é multidisciplinar e pode incluir:

  • Terapia Comportamental: Intervenções, como a Análise Comportamental Aplicada (ABA), são utilizadas para ensinar habilidades sociais e de comunicação.
  • Terapia Ocupacional: 

– Fonoaudiologia: Auxilia na melhoria da comunicação verbal e não verbal.

– Medicamentos: Embora não existam medicamentos que curem o autismo, alguns podem ajudar a controlar sintomas como ansiedade, hiperatividade ou irritabilidade.

– Apoio educacional: Programas educacionais adaptados às necessidades da criança são fundamentais para seu desenvolvimento acadêmico e social.

Fotobiomodulação transcraniana para Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Recentemente, surgiram novas abordagens terapêuticas para auxiliar no tratamento do autismo, uma delas é a fotobiomodulação transcraniana. Essa técnica utiliza luz infravermelha para estimular regiões específicas do cérebro, promovendo efeitos benéficos na função neurológica. A fotobiomodulação pode ajudar na melhora da neuroplasticidade, promovendo uma maior integração das habilidades sociais e de comunicação em pessoas com autismo.

Estudos comprovam:

  • Melhoras comportamentais, comportamentais, incluindo consciência social, comunicação e motivação.
  • Redução na irritabilidade e comportamentos restritos e repetitivos.
  • Redução do estresse parental.
  • Redução da rigidez comportamental e cognitiva.
  • Melhora nas funções atencionais e na qualidade do sono.

Infrallux é um dispositivo que utiliza essa tecnologia, proporcionando sessões de tratamento que podem ser integradas ao plano terapêutico de crianças e adultos. A aplicação da fotobiomodulação é indolor e não invasiva, oferecendo uma alternativa promissora para complementar as terapias tradicionais.

Leia também: O que é fotobiomodulação transcraniana e seu mecanismo de ação

É importante lembrar:

  • O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar: Pediatras, neurologistas, psicólogos e terapeutas da fala são alguns dos profissionais que podem participar do processo de avaliação.
  • O tratamento é individualizado: As intervenções terapêuticas devem ser adaptadas às necessidades específicas de cada pessoa.

 *Este artigo tem caráter informativo e não substitui a consulta a um médico. Consulte sempre um profissional de saúde para obter um diagnóstico e tratamento adequados. 

Referências bibliográficas:

Hamilton, C.; Liebert, A.; Pang, V.; Magistretti, P.; Mitrofanis, J. Lights on for Autism: Exploring Photobiomodulation as an Effective Therapeutic Option. Neurol. Int. 2022, 14, 884-893. https://doi.org/10.3390/neurolint14040071

Pallanti, S.; Di Ponzio, M.; Grassi, E.; Vannini, G.; Cauli, G. Transcranial Photobiomodulation for the Treatment of Children with Autism Spectrum Disorder (ASD): A Retrospective Study. Children 2022, 9, 755. https://doi.org/10.3390/children9050755

Leisman, G., Machado, C., Machado, Y., Chinchilla-Acosta, M. (2018). Efeitos da terapia a laser de baixa intensidade no transtorno do espectro autista. Em: Pokorski, M. (eds) Pesquisa em Medicina Clínica. Avanços em Medicina Experimental e Biologia(), vol 1116 . Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/5584_2018_234

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