A neurologia geriátrica concentra-se nos distúrbios neurológicos que afetam mais frequentemente os idosos.
Isso requer compreender os efeitos do envelhecimento normal e habitual no sistema nervoso, as vulnerabilidades e os distúrbios, que frequentemente afetam os idosos.
O tratamento de distúrbios neurológicos e psicológicos continua a ser um desafio significativo na medicina moderna e na área geriatrica. A patogênese dessas doenças são complexas.
As intervenções farmacológicas convencionais podem ser eficazes no tratamento de sintomas específicos, mas na sua maioria não conseguem abordar a complexidade das doenças e, consequentemente, também falham no tratamento ou não conseguem retardar a sua progressão.
Neste contexto, a terapia de fotobiomodulação ganha cada vez mais espaço, pois é uma abordagem de ação ampla que pode, em muitos casos, ajudar o cérebro a restaurar ou melhorar processos naturais cruciais no cerne da saúde neurológica e mental.
Assim, permite que os profissionais tratem os distúrbios como um sistema completo. Neste artigo você irá conhecer como a fotobiomodulação dentro da geriatria pode ser um caminho promissor de tratamento.
O que é fotobiomodulação?
A Fotobiomodulação ou LEDterapia Transcraniana, é o uso terapêutico de luz vermelha ou infravermelha para tratar diversas condições médicas, como dor, inflamação, doenças sanguíneas, condições músculo-esqueléticas, bem como regeneração tecidual.
Nos últimos anos, a LEDterapia Transcraniana com a aplicação apenas da luz infravermelha, chamada de Fotobiomodulação Transcraniana (ou LEDterapia Transcraniana) tem sido usada para tratar uma série de distúrbios cerebrais, incluindo:
-
- Transtorno Cognitivo Leve: ou comprometimento cognitivo leve que é muito comum na terceira idade. Perda da memória recente, dificuldade para aprender novos temas, lentidão e confusão de raciocínio, mas sem comprometer as atividades normais diárias. Os testes de aptidão cognitiva são pouco alterados.
-
- Estados iniciais e moderados de demência: Nos estágios iniciais da Doença de Alzheimer, Demência Vascular, Demência Senil e outras, a fotobiomodulação ajuda a conter a evolução da doença além de melhorar o rendimento cognitivo do cérebro.
-
- Eventos traumáticos: como acidente vascular cerebral, isquemia cerebral e lesão cerebral traumática;
-
- Doenças neurodegenerativas: tais como arteriosclerose, obstrução das artérias que nutrem o cérebro, hipoperfusão crônica cerebral, demência, doença de Alzheimer e doença de Parkinson;
-
- Distúrbios neuropsiquiátricos: incluindo depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático.
A Fotobiomodulação Transcraniana ou LEDterapia Transcraniana, é aplicada diretamente na cabeça, penetra na pele, no crânio e em todos os outros tecidos para finalmente chegar ao cérebro.
A capacidade dos fótons infravermelhos de atingir o tecido cerebral foi demonstrada em diferentes simulações e estudos. Os fótons de penetração mais profunda podem atingir uma profundidade de até 4 cm.
É um tratamento não invasivo, não térmico, indolor e, se aplicado corretamente, totalmente livre de efeitos colaterais.
Quais seus benefícios na geriatria?
A fotobiomodulação dentro da geriatria é uma opção de tratamento não medicamentosa para pacientes geriátricos com distúrbios neurológicos.
A LEDterapia Transcraniana pode ser feita em conjunto com qualquer outra modalidade de tratamento de saúde mental já existente. Isso significa que o paciente não precisa interromper nenhum medicamento ou terapia para receber os benefícios da técnica.
Melhora da função cognitiva
Em estudos recentes, foi demonstrado que ajuda a combater os efeitos do declínio cognitivo relacionado à idade e ao trauma.
Também foi demonstrado que a LEDterapia Transcraniana pode ajudar a aumentar a função executiva do cérebro.
A função executiva refere-se à capacidade de uma pessoa se concentrar em algo, administrar seu tempo, manter-se organizada e atingir seus objetivos.
Melhora da memória
Ao aumentar o fluxo sanguíneo e o oxigênio para o cérebro, a LEDterapia Transcraniana pode ajudar a melhorar a função da memória e o tempo de reação.
Na verdade, estudos sugerem que a LEDterapia Transcraniana ajuda pacientes com demência e Alzheimer a melhorar a memória e a recordação.
Mais saúde mental
Estudos constataram que as pessoas podem ser capazes de permanecer com um humor positivo após algumas semanas de tratamentos com a LEDterapia Transcraniana.
Também foi revelado que a terapia pode reduzir os sintomas de depressão e ansiedade em pessoas que vivem com Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT).
Além disso, descobriu-se que a LEDterapia Transcraniana pode reduzir os sintomas de depressão para aqueles que sofreram lesões cerebrais traumáticas (TCE).
Inflamação
A inflamação crônica é um elemento de doenças como Parkinson, Alzheimer e Esclerose Múltipla. As propriedades anti-inflamatórias da LEDterapia Transcraniana podem ter efeitos impressionantes nessas e em outras condições neurológicas.
Ao combater a inflamação no cérebro, a LEDterapia Transcraniana pode ajudar a prevenir estas condições e a aliviar os sintomas em pessoas que vivem com doenças inflamatórias como estas.
A segurança e a eficácia do uso da fotobiomodulação dentro da geriatria, junto com a ausência de efeitos colaterais significativos, fazem dela uma das terapias mais promissoras da área.
Ficou com alguma dúvida? Deixe o seu comentário!
Show!
Pingback: Fotobiomodulação Transcraniana e seu mecanismo de ação | Infrallux