No Brasil, aproximadamente 2 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência, número que deve triplicar até 2050. De acordo com estimativas do Global Burden of Disease Project, esse número pode exceder 150 milhões até 2050, à medida que as populações envelhecem.
Demência é um termo abrangente usado para descrever uma série de condições neurológicas que afetam o cérebro e pioram com o tempo. É a perda da capacidade de pensar, lembrar e raciocinar em níveis que afetam a vida e as atividades diárias.
Algumas pessoas com demência não conseguem controlar suas emoções e outros comportamentos, e sua personalidade pode mudar.
O que causa a demência?
A demência é uma condição que afeta as células cerebrais (neurônios). Ao danificar estas células, ela prejudica a sua capacidade de enviar mensagens umas às outras, o que por sua vez afeta negativamente a capacidade do cérebro de realizar certas tarefas, resultando em sintomas de demência.
Como é uma condição progressiva, com o passar do tempo, mais neurônios são danificados e morrem. Isto significa que as áreas cerebrais afetadas diminuem e os sintomas pioram progressivamente nas fases posteriores da demência.
A condição pode ser causada por muitas doenças diferentes. O que por sua vez, afetam o cérebro de maneiras distintas, resultando em diferentes tipos de demência.
A doença de Alzheimer é a mais comum. Demência vascular, demência com corpos de Lewy e demência frontotemporal são outras formas.
É possível prevenir a demência?
Não há como prevenir todos os tipos de demência, no entanto, ter um estilo de vida saudável e gerir condições crônicas ajuda a melhorar a saúde geral e a reduzir o risco.
Há evidências crescentes de que as pessoas que adotam hábitos de vida saudáveis – como exercício regular, controle da pressão arterial e do diabetes, reduzir ou eliminar o tabagismo, alimentar-se bem e manter-se socialmente ativo – podem reduzir o risco de demência. Pois são fatores de risco potencialmente modificáveis.
Tratamentos sem medicação são uma alternativa promissora contra a demência. Uma técnica que está sendo muito estudada é a neuromodulação cerebral para prevenção de demência.
Neuromodulação: tratamento alternativo para prevenção da demência
A neuromodulação cerebral ou fotobiomodulação transcraniana é uma técnica que consiste na aplicação de luzes de LED, no comprimento de onda do infravermelho próximo, na cabeça, que ao penetrarem no crânio ajudam diretamente o tecido neurológico danificado.
Como isso funciona? A fotobiomodulação utiliza a energia do fóton de luz para regular as funções fisiológicas. Alguns comprimentos de onda infravermelho podem penetrar efetivamente em órgãos, incluindo o cérebro.
Devido à estrutura complexa do cérebro e à diversidade de condições de doença, é necessário comprimentos de onda, densidades de energia e irradiância específicas para o uso.
A energia gerada a partir da absorção de fótons pelas mitocôndrias celulares modula os microambientes dos organismos para fornecer a capacidade de tratar doenças ou condições patológicas.
Quando se fala de tratamento ou prevenção da demência, há evidências de melhorias significativas nos escores cognitivos. Com aumento da função cognitiva, melhor sono, menos explosões de raiva, menos ansiedade e menos perambulação.
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