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Como a FBMt protege o cérebro e ajuda na reabilitação neurológica?

O cérebro, uma vez lesionado por TCE (traumatismo cranioencefálico) ou AVC (acidente vascular cerebral), sofre com um “apagão energético”: as mitocôndrias, usinas da energia celular, perdem eficiência, levando neurônios à falência.1 A fotobiomodulação transcraniana (FBMt) vai direto ao cerne desse problema: ela atua como um restaurador de energia neural na reabilitação neurológica, estimulando a produção de ATP e reativando circuitos cerebrais à beira do silêncio (hipometabolismo).2 

Para neurologistas, a FBMt é um trunfo biofísico na reabilitação. Para pacientes, é a chance de reacender funções que pareciam perdidas. Descubra a partir de agora como essa neuromodulação não invasiva está reescrevendo o futuro de quem sofreu AVC ou vive com doenças neurodegenerativas.

O desafio do envelhecimento cerebral

O Brasil passa por uma transformação demográfica acelerada: nas próximas décadas, cerca de 38% da população será composta por pessoas com mais de 60 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).3

Esse envelhecimento populacional traz um aumento na incidência de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson, além de elevação no número de casos de AVC (acidente vascular cerebral). Projeções indicam que o número de brasileiros com demência pode mais que dobrar até 2050, chegando a aproximadamente 5,6 milhões

No caso do AVC, a Organização Mundial do AVC (WSO) alerta que um em cada quatro adultos sofrerá um AVC ao longo da vida4 – um dado que reforça a urgência da prevenção. 

Diante desse cenário, surge a chamada “economia prateada”, o mercado voltado à população sênior e suas necessidades específicas5. No Brasil, isso significa oportunidades e desafios: será preciso investir cada vez mais em soluções que promovam um envelhecimento saudável, garantindo longevidade com qualidade de vida.

Como envelhecer bem?

Sabemos, hoje, que envelhecer bem não depende só de genética; nossos hábitos fazem enorme diferença. Alimentação balanceada, atividade física regular, sono adequado, estímulos cognitivos e gerenciamento do estresse são pilares para manter o cérebro afiado e resiliente. 

Especialistas estimam que até 45% dos casos de demência poderiam ser prevenidos ao controlar fatores de risco modificáveis. Cuidar da saúde cardiovascular (controlando pressão alta, diabetes, colesterol), evitar tabagismo e isolamento social, assim como tratar condições como depressão e ansiedade, pode reduzir significativamente o risco de declínio cognitivo e doenças como o Mal de Alzheimer

Aprovados pela Anvisa: leve a vanguarda da neuromodulação para seu consultório. Conheça aqui as opções de fotobiomodulação transcraniana profissional e domiciliar.

O papel dos profissionais de saúde na reabilitação neurológica

Mesmo com todos os cuidados, o envelhecimento traz vulnerabilidades. Quando um AVC ou uma doença degenerativa acontece, entra em cena a reabilitação neurológica – processo que envolve diferentes especialistas unindo forças para a recuperação do paciente. 

Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, neurologistas, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais formam equipes multidisciplinares dedicadas a resgatar a independência e as funções perdidas após um evento neurológico. Cada especialista cumpre um papel crucial6

  • Fisioterapeutas trabalham força muscular, equilíbrio e coordenação motora, ajudando o paciente a voltar a andar e realizar movimentos básicos; 
  • Terapeutas ocupacionais focam na adaptação e treino para atividades diárias (vestir-se, comer, escrever), devolvendo a sensação de funcionalidade e a autoestima;
  • Fonoaudiólogos atuam quando há sequelas na fala, deglutição ou linguagem, comuns após AVCs;
  • Neurologistas e fisiatras coordenam o plano terapêutico, ajustando medicações e acompanhando a evolução clínica; 
  • Psicólogos e assistentes sociais também podem apoiar quanto ao impacto emocional e social da condição.

Esse cuidado integrado é essencial não só em casos de AVC, mas também em doenças como Parkinson (para melhorar a mobilidade e controlar sintomas) ou em condições de origem congênita, como a paralisia cerebral.

Vale lembrar que o mês de outubro traz diversas datas comemorativas que homenageiam esses profissionais e grupos de pacientes especiais:

  • No Dia Mundial da Paralisia Cerebral (06/10) e no Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física (11/10), reforça-se a importância da inclusão e do suporte especializado contínuo;
  • Já o Dia do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional (13/10) e o Dia do Neurologista (15/10) nos lembram do valor desses profissionais na reabilitação; 
  • E, no Dia Mundial do AVC (29/10), a mensagem é clara: é preciso conscientização para prevenir o AVC, mas também estrutura e tratamento adequado para quem o sofreu. 

Fotobiomodulação transcraniana como aliada na reabilitação neurológica

Diante dos desafios do envelhecimento cerebral e da reabilitação, a tecnologia tem trazido uma nova esperança: a fotobiomodulação transcraniana (FBMt), um tipo de neuromodulação

Essa técnica, também chamada de fotoestimulação transcraniana, consiste em aplicar luz infravermelha próxima (NIR) sobre o crânio para estimular o cérebro. Diferentemente de procedimentos invasivos, trata-se de uma forma de neuromodulação não invasiva, indolor e segura

Com o uso de diodos emissores de luz (LEDs), a energia luminosa é entregue ao tecido neural sem aquecimento significativo e sem efeitos adversos relevantes conhecidos7

Como “iluminar” o cérebro pode ajudar na recuperação? 

A resposta está nos efeitos bioquímicos desencadeados dentro dos neurônios. Fótons de luz infravermelha penetram pelo couro cabeludo e crânio, atingindo as células cerebrais e sendo absorvidos pelo citocromo c oxidase nas mitocôndrias. Isso leva ao aumento da produção de ATP (a “energia” celular) e melhora o metabolismo neuronal

Doze veteranos militares sintomáticos diagnosticados com TCE crônico passaram por sessões de fotobiomodulação transcraniana (3 vezes por semana, durante 6 semanas). Após esse período, todos os participantes demonstraram melhora em 14 de 15 subescalas neuropsicológicas; todos relataram melhorias subjetivas substanciais nos sintomas, além de melhorias perceptíveis no humor, na atenção e no sono. A imagem acima, de SPECT (tomografia computadorizada por emissão de fóton único) mostra a melhora no fluxo sanguíneo cerebral regional do paciente 3 no fim do tratamento com a FBMt.

Fonte: HIPSKIND, S. G.; GROVER JÚNIOR, F. L.; FORT, T. R.; HELFFENSTEIN, D.; BURKE, T. J.; QUINT, S. A.; BUSSIERE, G.; STONE, M.; HURTADO, T. Pulsed transcranial red/near-infrared light therapy using light-emitting diodes improves cerebral blood flow and cognitive function in veterans with chronic traumatic brain injury: a case series. Photobiomodulation, Photomedicine, and Laser Surgery, Larchmont, v. 37, n. 2, p. 77-84, fev. 2019.8

A fotobiomodulação promove vasodilatação local, aumentando o fluxo sanguíneo e a oxigenação cerebral nas áreas estimuladas; o cérebro recebe mais energia e “combustível” para funcionar otimamente. Estudos mostram ainda que a FBMt reduz a neuroinflamação ao modular as células da glia e o estresse oxidativo, e ativa mecanismos de reparo: estimulando a neurogênese (criação de novos neurônios), a sinaptogênese (formação de novas conexões) e a neuroplasticidade

Essa combinação de efeitos pode ajudar o cérebro a se curar de lesões e a potencializar suas funções.

Benefícios da fotobiomodulação transcraniana na reabilitação neurológica
Em fases agudasNa fase crônicaEm doenças neurodegenerativas 
Logo após um trauma craniano ou um AVC, por exemplo, a aplicação de luz infravermelha com a FBMt pode ter efeito neuroprotetor, reduzindo a morte neuronal (apoptose) e protegendo o tecido em risco. Em pessoas que vivem com sequelas ou doenças instaladas, a FBMt tem mostrado capacidade de melhorar a cognição, o humor, o sono e outros aspectos do funcionamento cerebral. Embora enfermidades como Doença de Alzheimer e Mal de Parkinson não tenham cura, estudos indicam que a FBMt pode proporcionar ganhos em funções motoras e cognitivas – e qualquer melhora, por menor que seja, já significa mais autonomia e qualidade de vida para o paciente.

Acelere a reabilitação de casos de AVC e TCE. Veja aqui os parâmetros do Infrallux e do Neurollux, dois dispositivos não invasivos de FBMt.

Importante destacar que diversas pesquisas e ensaios clínicos vêm respaldando esses benefícios. De forma geral, a ciência tem observado resultados positivos em várias frentes. Diversos estudos mostram que a FBMt pode auxiliar na reabilitação de pacientes com AVC ou traumatismo cranioencefálico, levando a melhorias cognitivas significativas nesses indivíduos7

Ao estimular a reorganização neuronal (plasticidade) e reduzir processos inflamatórios, a terapia lança mão dos mecanismos naturais de recuperação do cérebro, amplificando os efeitos das terapias de reabilitação tradicionais.

Memória e atenção

Uma revisão sistemática de 2019 constatou melhora significativa no desempenho cognitivo (memória, atenção, aprendizado) de adultos jovens saudáveis após sessões de fotobiomodulação transcraniana. 

Em idosos, há indícios de que sessões repetidas de FBMt também reforçam a memória de trabalho e outras funções executivas, indicando potencial preventivo contra o declínio cognitivo natural do envelhecimento.

Linguagem e fala

Um caso clínico recente9 relatou avanços surpreendentes na recuperação da fala de uma paciente com afasia pós-AVC quando a fotobiomodulação transcraniana com LEDs foi combinada à terapia fonoaudiológica tradicional. 

Nessa paciente, cinco meses de reabilitação convencional produziram poucos ganhos, mas, após introduzir a fotoestimulação transcraniana, houve progresso marcante – o ritmo de fala saltou de cerca de 30 para 80 palavras por minuto, com frases mais longas e claras. Esse resultado pontual sugere que a luz pode potencializar a neuroplasticidade necessária para a retomada da linguagem.

Doenças neurodegenerativas

Pesquisas em andamento com pacientes de Alzheimer, Parkinson e outras demências reportam melhorias sutis, porém importantes. Em alguns casos, a FBMt tem melhorado a mobilidade, a cognição e o engajamento social dos pacientes (ainda que temporariamente). 

Há relatos10 de idosos com Alzheimer apresentando atenção e interação aumentadas após algumas semanas de estimulação transcraniana com LEDs, por exemplo. Embora não seja uma cura, essa tecnologia desponta como uma coadjuvante valiosa no manejo dessas doenças de difícil tratamento.

Como escolher o melhor dispositivo de fotobiomodulação transcraniana?

A popularização da fotobiomodulação transcraniana permitiu que essa terapia saísse dos grandes equipamentos de laboratório e ganhasse a conveniência de dispositivos portáteis.

Boné Infrallux

Um exemplo é o Boné Infrallux, que tem 198 LEDs infravermelhos embutidos em um boné. Metade dos LEDs emite luz com comprimento de onda de 760 nm e a outra metade, 830 nm – duas frequências complementares capazes de penetrar o crânio e atingir regiões estratégicas do cérebro. 

Trata-se de uma tecnologia confiável para uso domiciliar, unindo conveniência e respaldo médico-científico.

Capacete Neurollux® 

Já em clínicas e centros de reabilitação, a tecnologia da FBMt conta com uma versão pensada para uso profissional. 

O Capacete Neurollux envolve toda a cabeça e abriga 204 LEDs emitindo luz infravermelha na faixa de 850 nm. Essa frequência foi escolhida com base em estudos que demonstraram alta penetração e efeitos consistentes na melhora cognitiva usando comprimentos de onda entre 800–850 nm no cérebro. É ideal para casos que exigem protocolos intensivos. 

Tanto o Boné Infrallux quanto o Capacete Neurollux exemplificam a convergência entre tecnologia e Medicina. Eles adaptam a fotobiomodulação a diferentes perfis de pacientes: desde um idoso que busca melhorar a memória em casa até um paciente com sequelas de AVC em reabilitação intensiva na clínica. 

Protocolo contínuo com o Infrallux (em casa) e sessões intensivas com o Neurollux (na clínica). Conheça o ecossistema completo aqui.

Conclusão: um futuro iluminado para a saúde do cérebro

No mês em que celebramos o Dia do Idoso e tantas datas ligadas ao cuidado do cérebro, fica a mensagem de otimismo: é possível, sim, envelhecer com lucidez, autonomia e vigor mental. Se o século XX foi marcado pelo aumento da longevidade, o século XXI será marcado pela busca de longevidade com plenitude

Hoje, entendemos que cuidar do cérebro é um investimento em qualidade de vida – deve começar cedo e continuar ao longo do tempo. Prevenção e reabilitação andam de mãos dadas nesse processo: a fotobiomodulação transcraniana pode ser uma poderosa aliada, unindo o conhecimento científico de ponta a dispositivos acessíveis tanto para clínicas quanto para o uso em casa.

Ao cuidar do cérebro agora, estamos iluminando o caminho para um futuro mais saudável e feliz em qualquer idade.

Referências bibliográficas

  1. TABASSUM, Sidra et al. Mitochondrial-targeted therapies in traumatic brain injury: from bench to bedside. Neurotherapeutics, v. 22, n. 1, e00515, 24 dez. 2024. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11840356/. Acesso em: 10 out. 2025.
  2. LI, Siyue; WONG, Thomson W. L.; NG, Shamay S. M. Potential and challenges of transcranial photobiomodulation for the treatment of stroke. CNS Neuroscience & Therapeutics, v. 30, n. 12, e70142, 18 dez. 2024. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11653948/. Acesso em: 10 out. 2025.
  3. AGÊNCIA GOV. Projeção do IBGE mostra que população do país vai parar de crescer em 2041. Agência Gov, 22 ago. 2024. Disponível em: https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202408/populacao-do-pais-vai-parar-de-crescer-em-2041. Acesso em: 10 out. 2025.
  4. POSITIVA INSTITUTO SOCIAL. AVC. Isso não precisa passar por sua cabeça. Previna-se! Positiva.org.br, 27 out. 2023. Disponível em: https://positiva.org.br/avc-isso-nao-precisa-passar-por-sua-cabeca-previna-se-2/. Acesso em: 10 out. 2025.
  5. MEDSÊNIOR. Economia prateada: entenda tudo sobre o termo. MedSênior, 19 fev. 2025. Disponível em: https://medsenior.com.br/noticia/economia-prateada-entenda-tudo-sobre-o-termo/. Acesso em: 10 out. 2025.
  6. ARTUR, Margareth. Pesquisa mostra resultados do tratamento multidisciplinar de reabilitação após Acidente Vascular Cerebral (AVC). Portal de Revistas da USP, São Paulo, 2022. Disponível em: https://revistas.usp.br/wp/noticias/pesquisa-reabilitacao-avc/. Acesso em: 10 out. 2025.
  7. HAMBLIN, Michael R. Transcranial photobiomodulation for the brain: a wide range of clinical applications. Neural Regeneration Research, v. 19, n. 3, p. 483–484, mar. 2024. Disponível em: https://journals.lww.com/nrronline/fulltext/2024/03000/transcranial_photobiomodulation_for_the_brain__a.8.aspx. Acesso em: 10 out. 2025.
  8. HIPSKIND, S. Gregory et al. Pulsed transcranial red/near-infrared light therapy using light-emitting diodes improves cerebral blood flow and cognitive function in veterans with chronic traumatic brain injury: a case series. Photobiomodulation, Photomedicine and Laser Surgery, v. 37, n. 2, p. 77–84, 8 fev. 2019. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6390875/. Acesso em: 10 out. 2025.
  9. ESTRADA-ROJAS, Karla; CEDEÑO ORTIZ, Nidia Patricia. Increased improvement in speech-language skills after transcranial photobiomodulation plus speech-language therapy, compared to speech-language therapy alone: case report with aphasia. Photobiomodulation, Photomedicine and Laser Surgery, v. 41, n. 5, p. 234–240, maio 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36999917/.. Acesso em: 10 out. 2025.
  10. LIN, Hao et al. Transcranial photobiomodulation for brain diseases: review of animal and human studies including mechanisms and emerging trends. Neurophotonics, v. 11, n. 1, p. 010601, 5 fev. 2024. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10840571/. Acesso em: 10 out. 2025.

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